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Sistema Nacional de Emprego - SINE-PI
Apesar da crise nacional, Piauí tem saldo positivo na geração de emprego
30/07/2015 - 09:55  
  
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Com a crise econômica atingindo o Brasil, muitos empresários estão sendo obrigados a demitirem seus funcionários como forma de conter gastos. No Piauí, os setores que mais desligaram empregados foram nas áreas de construção, comércio e serviços. Contudo, apesar do momento difícil que se encontra a economia brasileira, o Piauí teve saldo positivo, de 0,32%, na geração de empregos. Os dados compreendem ao período de fevereiro a junho deste ano, quando o Estado teve um total de 918 admissões.

O gerente de intermediação do Sistema Nacional de Emprego no Piauí (Sine-PI), Rafael Torres, relata que a crise econômica no Estado não está tão crítica quando comparada a outras localidades, vez que o Piauí teve apenas um mês, durante o primeiro semestre deste ano, com índice negativo.

 “O mês foi justamente junho, que ficamos com índice de -0,29%, com um total de 879 demissões. O setor que mais demitiu não é segredo, que foi na área da construção civil, serviços e comércio, até porque o Piauí é movimentado nestas três áreas. E os que mais contratam são os mesmos, então fica a compensação e acabamos ficando com um saldo positivo”, disse. 

Rafael Torres destaca que o Piauí gira em torno do comércio e, apesar da crise nacional, o Estado está caminhando na contramão, ou seja, encontra-se em uma fase boa. Ele acrescenta ainda que, “se o comércio não vai bem, a indústria não vai bem, porque não vai produzir; os setores de serviço também vão diminuir. Na minha opinião, a crise só acontece porque as pessoas têm medo. Se a pessoa não compra, ela enfraquece o comércio; se o comércio enfraquece, aí vão ter demissões”, destaca.

Marcos Antônio Sousa, de 24 anos, é natural da cidade de Amarante e trabalhava em um depósito de material de construção. Assim como ele, outros funcionários da empresa foram demitidos por conta da crise econômica que afeta o País. Ele foi demitido há dois meses, mas já conseguiu um novo emprego; porém, em uma área completamente distinta.

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“As empresas da área de construção dizem que não está entrando dinheiro; por isso, tem que fazer a redução do pessoal, cortando direto os funcionários. Alguns colegas já conseguiram emprego, outros ainda não. Eu mesmo busquei outra área e vou trabalhar em restaurante. Não era o que eu queria, mas o emprego atual sempre é o melhor, e é melhor ter esse que não ter nenhum”, fala. 

O mesmo aconteceu com Manoel Francisco de Sousa Filho, de 25 anos, que trabalhava com terraplanagem, também na área da construção civil, mas na cidade de Goiânia-GO. Há um mês, ele perdeu o emprego; entretanto, optou por dar entrada no seguro-desemprego e ficar um período afastado do mercado de trabalho. 

“Em Goiânia mesmo, estão demitindo muitos funcionários, tanto que as obras estão paradas, e o jeito é procurar outra área para não ficar sem emprego. Eu vou ficar parado um tempo e estudar para concurso, porque essa área já não está rendendo; então, eu prefiro buscar algo mais garantido do que depender de um trabalho incerto”, argumenta.

Novas oportunidades 

O Sine-PI, atualmente, oferece mais de 150 vagas para áreas diferentes. Segundo Rafael Torres, muitas pessoas que são demitidas e dão entrada no seguro-desemprego preferem ficar recebendo o benefício a ocupar um novo posto de trabalho. 

“Fica muito difícil colocar essas pessoas no mercado de trabalho novamente, o que é um grande erro, porque a pessoa fica desatualizada”, pontua o gerente de intermediação do Sine-PI, acrescentando que, somente em julho, foram feitas mais de 500 captações de vagas, além de ofertar também vagas na área de call center.


 Fonte: O Dia

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